segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Paz

Célia Gil

(imagem do google)

Não sei em que becos te escondes,
que não te encontro quando de ti preciso.
Não te ouço se me respondes
e procuro desesperadamente o teu abrigo.
Ah, pudesse eu repousar no teu ombro amigo!
Mas a minha vida é um verdadeiro vendaval,
fustigada pelos ventos da contrariedade
que desconhecem a minha vontade,
apenas forças enfraquecidas pelo temporal.
Ah, pudesse eu ficar a sós contigo!
Mas nem tudo segue o rumo certo,
nem todos os fins são os idealizados.
A minha história tem um final aberto
onde não se escrevem rumos sonhados.

Procuro-te na penumbra do meu leito,
mas a mente, veloz contra a maré,
vem apenas questionar a minha fé,
retalhando-me o sonho desfeito.

Luto contra os vendavais interiores,
monstros criados pelo meu medo,
sempre a sós, como que em segredo,
sem conseguir vencer os meus temores.

Ah, pudesse eu encontrar-te, Paz,
e em ti repousar o meu cansaço!
                                          Célia Gil




quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Este ano

Célia Gil
Resultado de imagem para na proA DE UM BARCO
                    (Imagem do google)

Quero um barco no mar
para com ele navegar
ao interior das minhas ilusões
entre sonhos e divagações.

Quero perder-me nesse mar sem fim
para me reencontrar em mim,
acreditar que a salvação
cabe na palma da minha mão.

Quero uma tempestade de amor
com uma pitada de paz interior.
Amor paixão, amor fraternal, amor amizade,
amor compreensão, amor saudade.

Quero semear um campo de boas ações,
nem que seja apenas nas minhas ilusões,
transformar campos de ervas daninhas
em futuros cidadãos
para que cresçam mentalmente sãos.

E o pouco que quero é tanto
que ergo ao céu o meu canto
suplicando que tudo o que o meu eu pretende
seja partilhado por toda a gente.
                                              Célia Gil




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