quinta-feira, 23 de maio de 2013

sombras existenciais

Célia Gil



             (imagem do google)

O medo, a insegurança e o erro
são constantes na nossa vida,
pairam qual sombras do desterro,
deixam a alma desprotegida.

Sempre que a coragem dobra
a esquina da nossa existência,
surge o medo, que cobra
ou sugere a desistência.

Quando tomamos decisões
que nos pedem permanência
a insegurança dos corações
abala a nossa consciência.

Se pensamos que acertámos
em todas as escolhas feitas,
há sempre o erro que ignorámos
nas ilusões mais perfeitas.

Não deixes de acreditar,
sacode o erro, o medo e a insegurança.
Se caíres, faz por te levantar
qual Sísifo em eterna esperança.
                             Célia Gil

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Palavras esculpidas

Célia Gil
 
                          (imagem do google)


Fugi à intempérie da vida
aninhada em palavras de amor
que aqueceram a despedida
tornando mais leve a dor.
Palavras eu gritei
a pleno pulmão de uma folha de papel,
palavras que sussurrei
em literartura de cordel.
Expulsei-as da garganta,
não deixei que sufocassem,
aqueci-as com a esperança
e permiti que se libertassem.
Palavras loucas de dor
palavras sanas, insanas,
palavras amorosas de desamor,
palavras profundamente levianas.
Cuspi-as, esculpi-as  na folha em branco,
ainda quentes das lágrimas derramadas,
palavras de ternura e de pranto,
palavras roucas, inflamadas.
Palavras que me aninharão
até adormecer com a eternidade.
Palavras que ficarão
no recanto da saudade.
                                    Célia Gil


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cantiga da madrugada

Célia Gil
                     (imagem do google)
     Mote
Alegres manhãs
nas quais o sol brilha
manhãs que alimentam
nossa fantasia

    Voltas
Manhã, que me espreita
p'la janela aberta,
e assim me desperta,
assim me deleita.
Assim me sujeita
com o seu perfume
quando o quarto envolve
em doce queixume.

Sol, que me inebria
com seus raios cálidos,
ainda que pálidos,
são pura magia.
Pura fantasia
que sempre enternece,
a luz dos meus olhos
de tudo se esquece.
                   Célia Gil





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