domingo, 30 de junho de 2013

Noites de insónia

Célia Gil

                         (imagem do google)

Sento-me ao colo da noite
esperando que me embale.
Mas a noite é um cavalo louco
que cavalga pela mente adentro.

Entra pelas pálpebras semicerradas,
apodera-se do sossego aparente,
louca, livre, persistente...

Ficamos, assim, a sós, olhos nos olhos,
à espera que alguma desista.
Compinchas nas letras
que ela rouba às estrelas
para me oferecer.
                          Célia Gil

sábado, 15 de junho de 2013

Acreditar

Célia Gil

                      (imagem do google)

Mesmo quando a tua alma chora
um  sorriso quer colorir o teu rosto.
Mesmo quando uma ilusão vai embora,
vem novo sonho vencer o teu desgosto.
Mesmo quando a dor parece não ter fim,
a vida dá-nos comprimidos de humor.
Mesmo quando tenho pena de mim,
recebo a fé e a confiança com um louvor.

E porque a vida é esta roda viva
que gira em torno do futuro,
Ganho forças, não me dou por vencida
e transponho todo e qualquer muro.
                                          Célia Gil

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Porque choro

Célia Gil


(imagem do google)

Choro sem de chorar estar cansada,
choro por tudo e por nada.
Choro a cada nova alvorada,
choro como se chorar fosse nada.

E os meus olhos rasantes de água
parecem brilhantes de alegria.
Que são lágrimas, ninguém diria,
são presas contidas de mágoa.

Choro pelo mundo de hoje,
choro pela vida que não volta,
choro de raiva e de revolta,
choro pela alegria que foge.

Mas se chorar lava a alma,
quero chorar eternamente,
chorar hoje, amanhã e sempre,
e encontrar no choro a calma.
                                      Célia Gil

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