terça-feira, 27 de maio de 2014

verdade pessoal

Célia Gil

                    (imagem do Google)



Temos dias em que nem a tempestade nos avassala,
em que tudo parece passar-nos ao lado,
nada nos comove ou faz agir,
nada nos motiva ou leva a reagir.
Temos dias em que há uma opacidade
que nos invade por completo e só queremos fugir,
fugir de tudo, fugir de nós,
fugir da vida, ficarmos sós.
Quando a sinceridade é uma arma maléfica
que ninguém entende ou aceita,
que ninguém quer ou respeita,
 ficamos sós, nós e a nossa verdade
que ninguém quer, que ninguém vê,
que ninguém sente, que ninguém crê.
Uma verdade que acaba por morrer
quando rejeitada e ignorada,
uma verdade relativizada, minimizada,
uma verdade ignorada, vista do avesso,
uma verdade entendida como arma de arremesso.

Não posso lutar contra uma verdade cega, surda e muda,
não posso lutar sozinha...
Contra uma visão que é só minha,
contra uma sensação que só de mim se apodera,
contra uma realidade que só eu vejo,
que só eu percebo...na minha solidão!
                                                                     Célia Gil

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