sexta-feira, 13 de junho de 2014

Luta diária

Célia Gil
(imagem do Google)

Às vezes sem fé
continuo o meu caminho,
faço mesmo um finca-pé
à procura do destino.

Às vezes sem norte
ando de costas pró sul
e não sei se é por sorte
mas encontro o meu azul.

Às vezes sem cor
pinto um mundo colorido,
não deixando a minha dor
invadir o meu abrigo.

Às vezes chorando
vou rasgando um sorriso,
porque assim vou libertando
o meu pássaro ferido.

Às vezes desarmada
faço frente a duras guerras,
numa carta mal jogada
vou vencendo primaveras.
                                 Célia Gil

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Repouso

Célia Gil

                                               (imagem do Google)


Quando o sol repousa no seu vagar
na calma da tarde que preguiça,
sinto a pressa dos dias a hesitar
a dizer vai quando a vida diz fica.

Quero ficar mesmo para lá do tempo,
sentir a paz em mim a vadiar,
colher da vida cada bom momento,
não ter que decidir ou que pensar.

E repousar quando os olhos se fecham
cansados das desgraças desse dia
e só procuram sonhos que mereçam

porque tornam a noite agreste em dia.
E sem que os tristes olhos se apercebam,
contraem até que a alma sorria.
                                                Célia Gil

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