quinta-feira, 16 de maio de 2013

Palavras esculpidas

Célia Gil
 
                          (imagem do google)


Fugi à intempérie da vida
aninhada em palavras de amor
que aqueceram a despedida
tornando mais leve a dor.
Palavras eu gritei
a pleno pulmão de uma folha de papel,
palavras que sussurrei
em literartura de cordel.
Expulsei-as da garganta,
não deixei que sufocassem,
aqueci-as com a esperança
e permiti que se libertassem.
Palavras loucas de dor
palavras sanas, insanas,
palavras amorosas de desamor,
palavras profundamente levianas.
Cuspi-as, esculpi-as  na folha em branco,
ainda quentes das lágrimas derramadas,
palavras de ternura e de pranto,
palavras roucas, inflamadas.
Palavras que me aninharão
até adormecer com a eternidade.
Palavras que ficarão
no recanto da saudade.
                                    Célia Gil


Célia Gil / Professora

Sou professora de português e professora bibliotecária, como tal gosto de ler e de escrever. Este é o meu espaço de partilha de alguns textos que escrevo.

8 comentários:

  1. Belas palavras professora Célia, admiro os poetas da arte de amar.
    Parabéns!

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  2. Belo dia de domingo amiga inteligente !
    Seus poemas tem muito de imperativo do qual é sempre uma obra prima ao escolher para postar...
    Deixo aqui o link de uma história fenomenal do qual vale muito a pena conferir para termos consciência do valor da vida diante da morte.É uma história não conhecida por vc ,mas vale muito a pena seu depoimento como comentário...
    bjs de dia de domingo !
    http://lucinhasdreamgarden.blogspot.com.br/

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  3. São tantas as palavras que cabem nas folhas brancas de nossas vidas e em nós. Lindo!!

    Sempre uma maravilha te ler! Não sei o que acontece que teu blog não atualiza mais na minha lista Reader. Lembras que sempre estava aqui assim que publicavas? Agora, não vejo quando tem post novo. Ainda bem que vais lá e assim retribuo, pelo menos! beijos,chica e linda semana.

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  4. Nossa um espetáculo de texto, que saudades de ti, vira e mexe me perco pelas estradas da net, mas de repente vem um estalo e lembro que há muito tempo não vou à casinha de uma amiga ou amigo, parabéns viu teu texto é de se aplaudir de pé, adorei mesmo beijos Luconi

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  5. Mesmo Diminuindo Meus Paços
    Mesmo Demorando Minha
    Chegada Do Outro
    Lado Da Ponte.
    Não cortarei pedaços
    Para Diminuir
    O Peso
    Que Eu Carrego.
    Mesmo Se A Dor Apertar.
    Na Minha Fé Deposito
    Minhas Esperanças
    Em Deus..
    Deus abençoe sua semana caminhas de flores e muito amor
    Beijos carinhos sempre.
    Evanir.
    Eu amo seus poemas por isso amaria poder continuar a postar na Viagem.

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  6. Palavras!
    Leva-as o vento, dizem!
    Mas algumas teimam em ficar.
    beijo

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  7. Poxa, que poema encantador.. me deixou sem palavras! ;)

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