(imagem do Google)
O meu coração parou,
houve confusão geral,
logo o pânico se instalou,
planearam-me o funeral.
Fiz questão de frisar
que a paragem fora interior,
ninguém queria acreditar,
chamaram logo o prior.
Com certeza eu estaria
pelo demónio possuída,
uma morta não conseguiria
erguer a voz de arguida.
Mas neste tribunal do povo
é difícil ter razão,
não se nasce de novo
quando pára o coração.
Como arguida continuei,
morrera apenas o amor,
assim argumentei
mas não consegui qualquer favor.
Houve um grande reboliço,
todos em volta de mim
e, naquele ar mortiço,
estava espelhado o meu fim.
Não me adiantou falar,
para todos os efeitos estava morta,
não vale de nada argumentar
quando a morte bate à porta.
Mandaram vir o prior,
fui benzida e abençoada,
encomendaram-me a alma ao Senhor
e por todos fui rezada.
É que em situações assim,
o melhor é mesmo calar,
não gaste com o povo o seu latim
com este não se pode argumentar.
Assim reza esta história
de quem morreu por amar.
Para sempre fica a memória
de quem não se soube explicar.
E a lição está tirada,
não foi uma história em vão,
não fique a pessoa descansada
quando lhe pare o coração!
Célia Gil
Olá!
ResponderEliminarChamo-me Daniela, e gostava de apresentar o meu novo blog com peças feitas por mim.
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Muito obrigada! =)
Bem engraçado!
ResponderEliminarBom dia!
Carla
Obrigada pelo gentil comentário!
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